terça-feira, 22 de maio de 2007

Os Bardos

Os bardos eram os menestréis dos antigos povos celtas que, acompanhados de suas harpas, cantavam os feitos dos deuses e heróis, ora nas reuniões palacianas, com cantos de amor e aventuras, ora nos acampamentos militares ou à frente das tropas, nos momentos das guerras, incitando-os à luta. Difundiram-se entre os galeses, escoceses, irlandeses e ingleses, e passaram à Bretanha francesa no século V, sofrendo influência do cristianismo em sua temática.
Cada família nobre orgulhava-se de seus bardos favoritos. Na Irlanda houve até escolas para a sua formação. Nesse país, suas canções, guardaram e transmitiram oralmente grande parte de sua história nacional. No País de Gales, gozavam de regalias especiais, como isenção de impostos e serviço militar.

Depois do século XII até a morte da rainha Elizabeth I (1603), organizavam-se espetáculos ou festivais de canto e poesia, os Eisteddfod (congresso), nos quais se exibiam os bardos. Os vencedores recebiam como prêmio o direito de figurar como bardos oficiais ou músicos de igrejas. No século XIX, procedeu-se à reorganização dos Eisteddfods, transformando-se o festival em uma instituição importante e estimulante para a vida intelectual e artística do País de Gales, com celebração anual, ora no norte, ora no sul, por meio de concursos de prosa e poesia e de música instrumental e vocal. Na Escócia, a despeito da influência da poesia dos bardos, sua importância nunca foi a mesma. Faltou-lhes a organização dos bardos galeses.
No século XVI, o termo bardo possui uma conotação de menosprezo. Na linguagem atual, a palavra tem dois significados: a) de modo geral, um poeta; b) especificamente, um grande poeta, com caráter e significados nacionais, no qual o povo reconheça o intérprete de sua língua e sentimentos.

(Fonte: Enciclopédia Barsa)

Um comentário:

Anônimo disse...

quando acho que já muito de ti e quase te conheço, vc vem com a barsa, e me supreende!!!
bjinho