quinta-feira, 31 de maio de 2007

Circuito redundante

Vivo como se parte estivesse desligado.

Parcialmente uso o meu cérebro, para as tarefas diárias, que ocupam o máximo de 10% de minha capacidade. Até mesmo no trabalho, enquanto muitos se esforçam e dão tudo o que tem, o meu mínimo é elogiado e me faz o ego crescer desmedidamente.

Parcialmente sonhando, o meu mundo gira em torno do que eu sinto vontade, e eu sou feliz de mentira. Como cantou uma vez o Renato:

“E ao transformar em dor o que é vaidade,
Ao ter amor, se este é só orgulho
Eu faço da mentira, liberdade
E de qualquer quintal faço cidade”

Mesmo essa felicidade, que não é toda por natureza de ser parcial e que não é real no mundo dos verdadeiros, mesmo ela me deixa com a cabeça cheia de idéias e com o coração enlaçado no ritmo da rumba. Ou seria do Rock’n Roll? Não sei... a letra é que é importante nesse caso.

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Ela sente que eu já sucumbi
E joga com a minha paciência
Eu temo é o que está por vir

Nossa hora é sagrada
Mesmo em silêncio
Eu me ouço entregar

Quando peço algo
Ou quando me calo
Não quero fazer

Mesmo que eu fale
Eu não pretendo
Dizer

Um comentário:

Anônimo disse...

Volta e meia me pergunto: Este eterno cabo de guerra, esta brincadeira quase cruel de empurra e solta, que estes seres paradoxalmente maravilhosos e endemoniados - as mulheres - não seria a definição do humor negro de Deus (ou, QUEM SABE, o lado bonzínho dO OUTRO?).

Quem nunca se apaixonou, que atire a primeira crítica!