quinta-feira, 17 de maio de 2007

Era uma vez... o de sempre: um problema.

Era uma vez... estava tentando abrir uma discussão no meu blog, afinal não entendia ou não conhecia o motivo que levava muitas mulheres a acentuar a natural insatisfação humana. Salvo pequenas exceções, em geral a mulherada abusa do beiço e da demonstração de insatisfação, quando o assunto é ser feliz e fazer suas vontades. Essas atitudes, quase sempre são veladas por homens e paparicadores de plantão, ou seja, sem uma justificativa plausível para mim. Isso parece uma moda antiga, coisa do passado, mas que não morre.

Mas, hoje me deu um estalo ao navegar e ler um artigo de um blog conhecido. Falava sobre ser feliz por completo, e que as mulheres nunca atingem essa felicidade, justamente por assim o serem.

Explico: Como todos sabem, parte do mês as mulheres se sentem, na sua maioria, irritadas e depressivas. Essa é a chamada TPM, estudada e muito divulgada por aí, seja como desculpa para excessos ou ausências seja por seu grau de veracidade. A mulher decide não ser “normal” nestes dias. Suas atitudes e sentimentos são adversos. Assim sendo, a mulher é livre e feliz por menos tempo que os homens, num prazo de 30 dias ou mais precisamente, 21, por que os outros sete são reservados para aqueles dias, o que fecha o ciclo de 28 dias (coisa de mulher). Parcialmente realizadas, diríamos.

Pois. Ainda hoje, quando nossas filhas estão crescendo, enchemos (novamente generalizando) as suas cabecinhas de sonhos, contos de fadas ultrapassadas e fábulas antigas, que nada tem a ver com a realidade. Existem sempre nessas histórias, seres mitológicos que representam o mal, o que é uma grande mentira, pois o mal é real e humano. Existem seres que representam o bem, que também não existem como os príncipes. E elas são sempre “a princesa”, borboletas efêmeras, o ideal de mulher, onde fica implícito a riqueza como ganho para tanto sofrimento, a bondade como solução para tudo e a beleza, sinônimo de estar do lado certo.

Para a perfeição, só ficou faltando o beijo final e o já propagado slogan “felizes para sempre”.

Mas como nada é perfeito, não existe “felizes para sempre”. Nessas histórias não contam como o príncipe faz para sustentar a princesa. E muito menos, que a moça em questão também deve ter dias de inferno esperando a dita menstruação.

O que estou dizendo, já foi dito. E também tudo aquilo de útero (como sendo uma caverna a ser descoberta e seus mistérios). O problema, somos nós. Os homens, que no lugar do útero temos o machismo. Mas sem generalizar, afinal acredito, verdadeiramente, que as coisas estão mudando. Talvez lentamente, mas estão. E o que gosto de acreditar é que o final de toda essa discussão sobre os sexos, vida amorosa, conjugal e social acabe com um grande entendimento e um longo beijo apaixonado, que irá despertar o homem e a mulher não para o machismo, nem feminismo. Mas para o Humanismo.

Correção by Adri Antunes

2 comentários:

Anônimo disse...

UHU!!! Já tava curiosa para ver o texto publicado!!!
bju

Anônimo disse...

Eis um engano difícil de perceber:

Não são as mulheres que tem um ciclo de 28 dias, e sim, os homens, que os tem, de 28 anos.
Quer uma prova, algo mostre não ser apenas uma fala de efeito, das que os médio-inteligentes usam para parecer interessantes?
Pois bem, aí vai. Não uma prova com efeito "climax", mas um fato inegável:
Todos, meninos e meninas, crescemos (e continua, mesmo depois de "adultos") bombardeados com com a constante ilusão de que tudo tem começo, meio e fim. De que o bem e o mal são facilmente distinguivel, e sobretudo, que se formos "bons", tudo acabará bem!

Não, não sou um pessimista. E sim, acredito MESMO no poder e necessidade do encanto.

Apenas, descobrí que nos contos de fadas, há entrelínhas...