sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Minha fraqueza

Odeio lembrar que estou sozinho.

Sozinho dentro de mim, quando guardo tudo nesta caixa de músculo, sangue e pulsação. Ela explode todo dia, e varia de 60 a 120 vezes por minuto.
Não sei porque, o sono não vem na solidão. Meu corpo não responde ao cansaço e meu cérebro parece desperto mesmo na madrugada. A escuridão da noite penetra em meus olhos, em meus poros. A todo o momento, um gato vadio ou o vento nas árvores me lembram quão indefeso é meu coração.

Sim, meu coração.

Não temo a fragilidade de meu corpo, tenho fé em minha mente astuta. Ser mortalmente ferido mesmo, para mim, é perceber que não posso me recuperar de uma ferida cardíaca. O órgão que representa não só o amor, pode suportar muito quando cheio.

A lógica do coração é inversa. Quando esvaziado de uma vez só, ou quando em pedaços, pode pesar milhares de vezes mais. O vazio, o vácuo, tem um peso imensurável.

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