sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Luzes e Batidas


Uma bebida etílica e um rancor crescente.
Como posso eu estar sozinho em meio a tanta gente.
Ser desejado, me parece que na vida eu só desejo.
Meu rancor quer falar, amordace-o com um beijo.

Não sei porque, mesmo me mexendo eu permaneço.
Quero fugir, sumir, mas na hora esqueço.
A batida me embala, toda luz que pisca me distrai.
Meu amor é surdo, é cego, tem má índole e me trai.

É mentira, eu sei, mas eu quero acreditar.
Que sua boca me preenche. Quer me amar?
Mas sua nuca se apresenta, em despedida repentina.
Esse jogo infanto-juvenil já não me anima.

Procuro nas luzes e batidas, um motivo pra ficar.
Meu copo grande e cheio me convida pra dançar.
Pelas paredes me arrasto, rastejo em direção à pista.
De olhos fechados o meu coração flutua sempre à vista.

Um comentário:

SV disse...

Olá, Piwa.

Vim retribuir a visita e, para minha supresa, me deparo com outro poeta. E dos bons!

Tenho também um blog de poesias. Se desejar, visite-me lá:
http://silviovasconcellos.blogspot.com

Um abraço,

Sílvio