terça-feira, 10 de abril de 2007

Caminhando acompanhado

Conheço pessoas o tempo todo, e gosto muito disso. Tenho grande facilidade ao me relacionar, adoro conversar, sou do tipo que adora dar conselhos e escutar os outros. As pessoas gostam disso e se aproximam, naturalmente. Como pensador nato, vivo em devaneios o dia inteiro, a vida toda. Muitos permeados por pessoas e situações que não aconteceram ou aconteceriam se eu não fosse quem sou, se eu fosse diferente.

...

Hoje pela manhã, o meu café foi delicioso e insuficiente, como qualquer café de quem está preocupado em perder peso. O dia frio me obrigou a sair agasalhado, o que adoro. Não demorou e começou a chover.

Quando me dei conta, você estava comigo no ônibus, ponderando sobre o que deveria fazer primeiro no trabalho. Sobre eu deixar as mensagens instantâneas de lado, os emails e me esforçasse a entregar os meus prazos. Engraçado é que isso é que tem me motivado a continuar vivo, trabalhando e acordando todo o dia. Você estava nos sabotando.

No trabalho, te expliquei minha rotina, te mostrei como eu faço as coisas. Me exibi com meus métodos, te mostrei como me esforço para ser o melhor de mim. Cada atividade era permeada por explicações e sorrisos, com carinho de alguém que ensina algo para outro. Você interfere no meu dia, me ouve, me entende, me contagia. Você acaba sendo o meu dia.

Não importa o que eu faça ou onde esteja, pareço ligado a você como se te desse instruções constantes sobre o meu dia. Me encantaste de uma maneira peculiar, a qual pouco eu conheço como me desvencilhar. E nem quero.

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