quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Cama Quente

Ao deitar na cama quente, seu corpo estava ali. Primeiramente não notei sua nudez completa. Abracei minha esposa como uma menina solitária, como na primeira vez que lhe abracei.

No movimento, acariciei o seu corpo quente, a procura de aconchego para o sono. Ao me aconchegar em sei peito, descobri a pele nua em meu rosto. O desejo, por surpresa, me dominou por completo. Ela era minha, assim como eu era dela.

Mais rápido do que pude notar, as nossas roupas restantes eram abandonadas para o esquecimento, em algum canto do quarto. Eu sorria no escuro, imaginando e fazendo tudo o que tinha vontade. Puxei para mim seu corpo, até então ao meu lado, e ela respondeu de imediato.

Ao sentir suas pernas abertas sobre mim, quase desejei parar o tempo, fotografar na memória o que sentia. O nosso encaixe perfeito, que só o tempo certo de união, o tempo certo de cumplicidade pode proporcionar. Senti suas coxas me apertando, me prendendo logo abaixo do seu corpo.

O mundo todo era compreendido no exato espaço que havia entre nos dois. Nossas mãos faziam o possível para afagar e satisfazer um ao outro. A força em suas coxas, os músculos retesados, na intenção única e no mais puro esforço de manter o movimento do lindo ato. A respiração que ofega em busca de oxigênio, em busca de fôlego para continuarmos ali.

O movimento cada vez mais rápido e satisfeito do prazer. Meus braços auxiliavam o seu esforço, e os pés já em planta sobre o colchão, aceleravam nosso final. Nossas vozes já não cabiam mais em nossos pulmões, e o barulho que fazíamos já não era disfarçável. Éramos um só, e ocupávamos menos espaço do que podíamos ali. Era perfeito o nosso amor, em um momento rápido, de passagem veloz.

O carinho como descanso, e a respiração se normaliza. Um sorriso e uma risada. Umas palavras e o sono profundo.

Como é bom estar contigo assim.

Um comentário:

Carol Gabbi disse...

Nossa... te apague neste texto viu??