Teu olhar me atravessa, como se eu fosse de vidro. Minha pele translúcida, como fina camada de papel manteiga. Tuas perguntas me cortam profundamente a carne, me rasgam o fino embrulho cutâneo. Assim me sinto como engasgar com as próprias respostas.
Quase incontrolável, o desejo de confessar tudo me deixa afoito. Me atrapalho em adjetivos quase sempre aflitos de um sentido inexistente. Reluto em não me delatar pelas ações, e quando percebo, estou todo amarrado proferindo gentilezas.
Eu não consigo fugir!
Um comentário:
Essa narrativa lírica, não tem como não gostar.
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