Durante os últimos meses, talvez durante o último ano, eu estive tão envolvido com família, negócios e dormir (sim, eu durmo um pouco) que não consegui sequer responder meus e-mails ou visitar os blogs de que gosto. Muito menos ainda, tive tempo de escrever e postar neste meu caro espaço, onde sempre mantive meus textos organizados com apreço.
Olho agora, durante o exato momento em que escrevo, para o meu pobre caderno de anotações. Ele foi tão utilizado nos vai e vens do trabalho, tão requerido nestes últimos tempos, que anda cansado de ser o meu analista. As folhas estão amarelando, os cantos estão ficando arredondados e os seus dias estão contados.
Vou descrever seqüencialmente o que aconteceu desde julho de 2007:
- 01/07/07. Trabalhava tranqüilamente em uma empresa de multinacional Brasileira (gaúcha na verdade) de médio porte, com grandes chances na carreira. Tinha ganhado uma valiosa promoção a menos de 1 mês e tinha as tardes livres em frente ao computador. Resolvia problemas e ainda tinha tempo de escrever, blogar, conversar e ser livre. Poucas vezes fazia horas extras, e ganhava um pouco a menos da média da minha categoria.
- 07/07/07. Esta foi a data cabalística do início de minhas correrias. Consegui um ótimo emprego, com ótimo salário para os meus padrões, numa empresa de mega porte.
- 08/07/07. Descobri, sem perceber o tamanho da mudança que estava por vir, que meu novo horário de trabalho seria das 16:10hs às 2:20hs. Nesta mesma data descobri que não tinha mais uma semana comum de trabalho como os outros mortais. Eu estava trabalhando em escala agora, mais precisamente em uma semana de 12 dias. Eu trabalharia quatro dias para folgar dois, depois mais quatro dias para poder folgar um. Ou seja, passava um final de semana em casa a cada 75 dias. Uma beleza.
- 09/07/07. Percebi que o não havia feito um negócio tão bom assim.
- 13/08/07. Recebi, por telefone, a proposta de internet rápida da única empresa que disponibiliza o sinal na minha região. Por segurança financeira, nego o serviço antes de me organizar.
- 01/09/07. Recebi o meu primeiro contra-cheque e a vida começou a fazer sentido novamente. Poderia, com a rescisão da outra empresa e mais minhas economias, comprar um carro para a família e começar a sonhar alto com uma casa só nossa. Descobri como é importante ter poder de compra, e descobri que havia vivido tempo demais correndo atrás da máquina. Havia chegado o momento de capitalizar.
- 12/09/07. Tento me dar de presente de aniversário uma internet rápida. Entro numa fila de espera de meses.
- 20/09/07. Comprei o nosso primeiro carro. Um palio vermelho com 9 anos de idade, que batemos o olho escolhemos unanimemente. Minha primeira grande aquisição, depois de anos passando trabalho.
- 12/10/07. Primeiro Dia das Crianças em que não tenho pesadelos com as crianças infelizes.
- 25/12/07. Primeiro Natal em que não tenho pesadelos com as crianças infelizes. Conseguimos fazer um agrado a quase todo parente próximo e ainda fizemos uma ceia divina.
- 15/02/08. Percebo que não tenho mais tempo para quase nada e que não tiro férias à 3 anos. Mal visito meu blog e não consigo nem ler os meus e-mails.
- 01/03/08. Ganho o direito de folgar 2 finais de semana com minha família por mês. Parece que as coisas vão melhorar.
- 07/04/08. Recebo uma proposta por telefone de internet rápida. Aceito na hora, me cadastro e faço tudo bonitinho.
- 30/04/08. Perco o serviço da babá das crianças pela manhã. Eu já não tinha tempo, agora então. Fazer almoço e ser acordado pela Rafinha às 9:00 hs todos os dias está acabando com a minha beleza. Lembrando que vou dormir sempre às 4:00.
- 20/05/08. Ligo para perguntar o porquê da demora da instalação da internet, quando sou surpreendido pela resposta “O seu cadastro não foi efetuado, senhor”. Lembrei de palavrões que havia esquecido.
- 05/06/08. Encaminhamos, eu e a Faby, toda a papelada para nossa união civil. Marcamos a data e convidamos os padrinhos. Se for pra estar casados, pelo menos vamos fazer direito.
- 22/06/08. Nova proposta de internet banda larga por telefone. Com muito cuidado, chequei todos os dados da empresa que me contatou e me assegurei de que meus dados não seriam utilizados em transações ilícitas.
- 23/07/08. A Rafa aprende a acordar, fazer o seu próprio café e me chamar depois das 10:00, olhando desenhos na televisão.
- 25/07/08. Com tudo instalado, ligo para pedir que o sinal de banda larga seja liberado.
- 27/07/08. Depois de uma cerimônia relâmpago no 1º cartório cível de Cachoeirinha, uma festa junina na escolinha da Rafa e uma colisão do nosso carro com o portão, recebemos os nossos convidados (1/2 dúzia de familiares e os padrinhos) em nossa humilde casa para uma comilança. Sem bebidas alcoólicas, devido à lei seca.
- 17/07/08. Banda larga “mode on” bombando em casa.
Já, mais informações sobre a minha vida e textos mofados retirados do caderninho.
Olho agora, durante o exato momento em que escrevo, para o meu pobre caderno de anotações. Ele foi tão utilizado nos vai e vens do trabalho, tão requerido nestes últimos tempos, que anda cansado de ser o meu analista. As folhas estão amarelando, os cantos estão ficando arredondados e os seus dias estão contados.
Vou descrever seqüencialmente o que aconteceu desde julho de 2007:
- 01/07/07. Trabalhava tranqüilamente em uma empresa de multinacional Brasileira (gaúcha na verdade) de médio porte, com grandes chances na carreira. Tinha ganhado uma valiosa promoção a menos de 1 mês e tinha as tardes livres em frente ao computador. Resolvia problemas e ainda tinha tempo de escrever, blogar, conversar e ser livre. Poucas vezes fazia horas extras, e ganhava um pouco a menos da média da minha categoria.
- 07/07/07. Esta foi a data cabalística do início de minhas correrias. Consegui um ótimo emprego, com ótimo salário para os meus padrões, numa empresa de mega porte.
- 08/07/07. Descobri, sem perceber o tamanho da mudança que estava por vir, que meu novo horário de trabalho seria das 16:10hs às 2:20hs. Nesta mesma data descobri que não tinha mais uma semana comum de trabalho como os outros mortais. Eu estava trabalhando em escala agora, mais precisamente em uma semana de 12 dias. Eu trabalharia quatro dias para folgar dois, depois mais quatro dias para poder folgar um. Ou seja, passava um final de semana em casa a cada 75 dias. Uma beleza.
- 09/07/07. Percebi que o não havia feito um negócio tão bom assim.
- 13/08/07. Recebi, por telefone, a proposta de internet rápida da única empresa que disponibiliza o sinal na minha região. Por segurança financeira, nego o serviço antes de me organizar.
- 01/09/07. Recebi o meu primeiro contra-cheque e a vida começou a fazer sentido novamente. Poderia, com a rescisão da outra empresa e mais minhas economias, comprar um carro para a família e começar a sonhar alto com uma casa só nossa. Descobri como é importante ter poder de compra, e descobri que havia vivido tempo demais correndo atrás da máquina. Havia chegado o momento de capitalizar.
- 12/09/07. Tento me dar de presente de aniversário uma internet rápida. Entro numa fila de espera de meses.
- 20/09/07. Comprei o nosso primeiro carro. Um palio vermelho com 9 anos de idade, que batemos o olho escolhemos unanimemente. Minha primeira grande aquisição, depois de anos passando trabalho.
- 12/10/07. Primeiro Dia das Crianças em que não tenho pesadelos com as crianças infelizes.
- 25/12/07. Primeiro Natal em que não tenho pesadelos com as crianças infelizes. Conseguimos fazer um agrado a quase todo parente próximo e ainda fizemos uma ceia divina.
- 15/02/08. Percebo que não tenho mais tempo para quase nada e que não tiro férias à 3 anos. Mal visito meu blog e não consigo nem ler os meus e-mails.
- 01/03/08. Ganho o direito de folgar 2 finais de semana com minha família por mês. Parece que as coisas vão melhorar.
- 07/04/08. Recebo uma proposta por telefone de internet rápida. Aceito na hora, me cadastro e faço tudo bonitinho.
- 30/04/08. Perco o serviço da babá das crianças pela manhã. Eu já não tinha tempo, agora então. Fazer almoço e ser acordado pela Rafinha às 9:00 hs todos os dias está acabando com a minha beleza. Lembrando que vou dormir sempre às 4:00.
- 20/05/08. Ligo para perguntar o porquê da demora da instalação da internet, quando sou surpreendido pela resposta “O seu cadastro não foi efetuado, senhor”. Lembrei de palavrões que havia esquecido.
- 05/06/08. Encaminhamos, eu e a Faby, toda a papelada para nossa união civil. Marcamos a data e convidamos os padrinhos. Se for pra estar casados, pelo menos vamos fazer direito.
- 22/06/08. Nova proposta de internet banda larga por telefone. Com muito cuidado, chequei todos os dados da empresa que me contatou e me assegurei de que meus dados não seriam utilizados em transações ilícitas.
- 23/07/08. A Rafa aprende a acordar, fazer o seu próprio café e me chamar depois das 10:00, olhando desenhos na televisão.
- 25/07/08. Com tudo instalado, ligo para pedir que o sinal de banda larga seja liberado.
- 27/07/08. Depois de uma cerimônia relâmpago no 1º cartório cível de Cachoeirinha, uma festa junina na escolinha da Rafa e uma colisão do nosso carro com o portão, recebemos os nossos convidados (1/2 dúzia de familiares e os padrinhos) em nossa humilde casa para uma comilança. Sem bebidas alcoólicas, devido à lei seca.
- 17/07/08. Banda larga “mode on” bombando em casa.
Já, mais informações sobre a minha vida e textos mofados retirados do caderninho.